A oficina “Da Ideia ao Roteiro para Profissionais Negros” é um dos destaques das atividades formativas do 25º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica). A iniciativa é realizada em parceria com a Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN) e faz parte das ações afirmativas do festival nesta edição. A oficina ainda recebe inscrições e acontecerá entre os dias 12 e 14, das 8h30 às 12h, de forma gratuita.

 

De acordo com a presidente da APAN, Tatiana Carvalho Costa, um dos principais objetivos dessa oficina, que é inédita, é mostrar a diversidade da produção audiovisual fora do eixo Rio-São Paulo, além de fortalecer as realizações audiovisuais protagonizadas por pessoas negras, bem como a promoção desses profissionais para o mercado audiovisual, que é, segundo Tatiane, uma das missões da associação.

 

“Fortalecer, do ponto de vista técnico, as boas ideias de filmes, séries e outros formatos para o audiovisual. É uma oficina para que os projetos ganhem robustez para concorrer, inclusive, a outras iniciativas, como editais. Também criar uma experiência coletiva para o fortalecimento das pessoas, principalmente porque vivemos em uma sociedade racista que nos exclui, pensarmos também em trabalhar a autoestima e a valorização das pessoas”, explica a presidente.

 

Tatiana destaca a produção audiovisual negra no estado e a importância de ações como esta em um festival que discute temáticas transversais e relevantes à população negra: “O convite para participar do Fica veio num momento super oportuno para nós, porque ele vai ao encontro desse nosso desejo, de estar mais presente com pessoas que fazem audiovisual e que são negras em Goiás, entendendo essa diversidade da população negra brasileira e a relevância do festival, e o Centro-Oeste é uma região muito importante para nós”, afirma.

Sobre a ministrante – Oficina “Da Ideia ao Roteiro – Oficina para Profissionais Negros”: Maíra Oliveira é roteirista, diretora e educadora, graduada em Pedagogia e mestranda em Artes da Cena, com especial interesse em histórias com representatividade negra e feminina que subverta estereótipos. Autora de livros infantis e orientadora de mais de 200 projetos audiovisuais, em diferentes etapas de desenvolvimento. Atuou ativamente no desenvolvimento de mais de 30 projetos audiovisuais, para Globo, Disney+, Canal Brasil, Netflix, Paramount e HBO em parceria com as principais produtoras do país. Foi Presidente da Associação Brasileira de Autores Roteiristas (ABRA) de 2021/2022 e atualmente é Conselheira do sudeste da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro.

 

Outras oficinas e minicursos – A 25ª edição do festival conta, ainda, com mais três atividades formativas, sendo mais uma oficina e dois minicursos. Todos gratuitos e também com inscrições abertas.

 

Complementando as programação de oficinas, “Ouvir e Contar Histórias: Oficina de Podcasts”, acontece entre os dias 12 e 14, das 10h às 12h, e tem 20 vagas disponíveis.

 

Já os minicursos são: “Mudanças Climáticas: Conhecimento e ação para transformar o clima em aliado”, que acontece entre os dias 12 e 15 de junho, das 8h às 12h, e possui 30 vagas, e “A história, o presente e o futuro do Cerrado”, que será realizado entre os dias 12 e 15, das 8h às 12h, contando, também, com a oferta de 30 vagas.

 

Para conferir toda a programação de oficinas e acessar o formulário de inscrição, visite a página oficial do festival: https://fica.go.gov.br/acoes-formativas/.

 

Evento multicultural – O Fica 2024 conta com uma vasta programação gratuita, com mostras competitivas, debates com grandes nomes do cinema nacional e internacional, atividades de cunho ambiental e atrações culturais.

 

O festival conta com apoio do programa Goiás Social; das secretarias de Estado da Retomada; de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti); e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad); Saneago; Universidade Estadual de Goiás (UEG), Instituto Federal de Goiás (IFG); Serviço Social do Comércio (Sesc) e Prefeitura da cidade de Goiás. Este ano o evento também tem como apoiadores a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Museu Nacional dos Povos Indígenas/Funai, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Grupo Kelldrin e Saga BYD.