De janeiro a maio deste ano, o Brasil recebeu 3.264.765 de turistas internacionais. O número no acumulado dos cinco primeiros meses cresceu 8,6% em comparação com os primeiros cinco meses de 2023, quando o registro de entradas foi de 3.005.505. O desempenho é o terceiro melhor da série histórica, iniciada em 1995, atrás apenas de 2017, com 3,3 milhões, e 2018, com 3,4 milhões. Desse modo, representa um crescimento de 4,3% em relação ao mesmo intervalo de 2019, antes da pandemia de covid-19, quando o registro de visitantes estrangeiros foi de 3.131.108.

Os dados são da Embratur, do Ministério do Turismo (MTur) e da Polícia Federal (PF) e têm como um dos principais destaques a chegada de turistas chilenos, que tiveram um salto de 46,3% no período (ver mais abaixo).

O ministro do Turismo, Carlos Sabino, demonstrou otimismo com o resultado. “Com esses números promissores, o Brasil reforça a imagem de estar no topo da lista de destinos mais desejados na América Latina. E a expectativa é que o setor continue a crescer nos próximos meses, principalmente com a realização de eventos importantes, como a reunião do G20 e o Rock in Rio. Uma movimentação turística que impacta no desenvolvimento econômico e na geração de empregos no país”, declarou.

Os principais emissores de turistas para o Brasil nos primeiros cinco meses de 2024 foram a Argentina, com 1.132.872, os Estados Unidos, com 298.021, e o Chile, em terceiro lugar, com 294.485. O desempenho do país andino, que representa um aumento percentual de 46,3% nas entradas em relação ao mesmo período do ano passado – quando enviou 201,3 mil turistas para o Brasil –, é explicado, em parte, pela ampliação da malha aérea entre os países, que contou com a participação da Embratur nas conversas com companhias aéreas, por exemplo. São 41,5% mais voos que em 2019 e 2,4 milhões de assentos a mais.

O Chile se transformou em um emissor estratégico para os destinos brasileiros, uma vez que a Argentina, ainda em primeiro no ranking, tem apresentado quedas no volume de turistas por conta do agravamento na crise econômica local. No acumulado, os hermanos tiveram uma queda nas entradas de 9,4%, número que só não é maior por conta de estratégias adotadas pela Embratur para mitigar a redução na frequência de visitas, desde que a tendência foi identificada.

Em quarto lugar vem o Paraguai, com 243.479, e em quinto o Uruguai, com 210.915. Cinco países europeus complementam o top 10: França, com 97.207, Portugal, com 91.885, Alemanha, com 83.387, Reino Unido, com 74.181, e Itália, com 61.661.

Em relação ao aumento no número de visitantes, a França ficou em segundo lugar, com 32%. De janeiro a maio do ano passado, o país tinha registrado 73,7 mil turistas no Brasil. E a Itália, terceiro, apresentou um crescimento de 21,7% no comparativo com 2023, quando 50,7 mil italianos desembarcaram por aqui. A Alemanha cresceu 18,2%, o Reino Unido, 17,4%, Portugal teve aumento de 16,5%, o Uruguai, de 12,9%, o Paraguai de 12,4%, e os Estados Unidos de 8,4%