A penúltima sessão do Cineclube da Luluzinha, a partir das 20h, na Vila Cultural Cora Coralina, será nesta segunda-feira (08/07) e exibirá o filme “Meada cor Kalunga”, das diretoras Marta Kalunga, Alcileia Reis e Analu Reis. Após a exibição, será realizado um debate com as diretoras, de forma remota. A entrada é gratuita.
O curta-metragem traz um registro sobre saberes ancestrais afro diaspóricos da comunidade quilombola Vão de Alma, localizada na cidade de Cavalcante, em Goiás. O projeto etnobiográfico registra a história de Dirani Kalunga, com a mediação de Marta Kalunga, duas lideranças quilombolas e mestras dos saberes populares. Durante os 23 minutos de filme, elas compartilham e resgatam a memória dos povos originários através da oralidade.
O projeto Cineclube da Luluzinha tem sido realizado quinzenalmente na Vila Cultural Cora Coralina e conta com apoio financeiro do Governo de Goiás, por meio do Fundo de Arte e Cultura (FAC), operacionalizado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
As diretoras
Marta Kalunga
Marta Faria da Silva (Marta Kalunga) é liderança Kalunga quilombola na cidade de Cavalcante, Goiás, no nordeste do estado. É tecelã, guia de turismo, empreendedora, fundadora, idealizadora e realizadora da “Casa Memória da Mulher Kalunga” desde 2022. No audiovisual, é diretora, protagonista do filme “Marta Kalunga” (2022), além de produtora no longa-metragem “Mátria Amada Kalunga” (2022) e idealizadora, roteirista, diretora, atriz e produtora do filme “Meada Cor Kalunga” (2023). Para além de filmes, Marta Kalunga também executa conteúdos audiovisuais relativos aos Saberes e fazeres tradicionais da Comunidade Quilombola Kalunga de Goiás, em específico, às mulheres Kalunga, com atividades informativas, formativas, educativas e de promoção de eventos.
Alcileia Torres
Alciléia Torres, Quilombola Kalunga, é guardiã da ancestralidade Quilombola Kalunga, estudante de Jornalismo, colaboradora da Rede Kalunga Comunicações e da Agência Jovem de Notícias.
Analu Reis
Analu Reis de Sá é mulher cerratense negrindígena da Etnia Pataxó, nascida e criada em Goiânia, é mãe de Ayrá de 4 anos. Formada em 2022 no Bacharelado em Cinema e Audiovisual do Instituto Federal de Goiás – Câmpus Cidade de Goiás, atua desde 2017 com fotografia e captação de vídeos. Participou como assistente de fotografia e captação de som no documentário “Xica” (2019), direção de Viviane Goulart, veiculado em diversas mostras e festivais brasileiros. Também dirigiu o documentário “O mundo foi minha mãe quem fez” (2022), como Trabalho de Conclusão de Curso. Fez Direção, Direção de Fotografia e Montagem do documentário “Meada Cor Kalunga” (2023), premiado como melhor curta metragem no 25° Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) na primeira Mostra de Cinema Indígena e Povos Tradicionais, projeto que foi realizado via apoio da Casa Sueli Carneiro. Atualmente é produtora cultural e colaboradora da Casa Memória da Mulher Kalunga e do Cineclube Lió Mãe Preta, ambos situados em Cavalcante, Goiás.
O cineclube
A iniciativa propõe um espaço de exibição, formação e debates na área do audiovisual produzido por mulheres, ou seja, todos os filmes exibidos devem ter, necessariamente, pelo menos, uma mulher no núcleo duro de produtores (direção, produção executiva e/ou roteiro).
Leave A Comment