Goiânia registra o oitavo caso de morcego positivo para a raiva, em 2024. O animal da espécie “Artibeus lituratus (frugívoro)”, que se alimenta de frutas, foi encontrado morto em um logradouro público, Setor Urias Magalhães, Região Norte da capital. O animal foi encontrado durante o trabalho de rotina de agentes de endemias.
Conforme o Departamento de Vigilância em Zoonoses (DVZ), responsável pela vigilância de casos de raiva animal no município, nenhum humano ou animal teve contato com o morcego. O departamento emitiu alerta epidemiológico no dia 20 de agosto, logo após resultado positivo do exame realizado em amostras do morcego pelo laboratório da Agrodefesa (Labvet).
Segundo o gerente de Controle de Animais Sinantrópicos, Welington Tristão, a ocorrência de raiva no morcego sempre é motivo de alerta. “O alerta é porque sempre há risco do homem ser contaminado pelo animal infectado. Por isso, todo caso é investigado, mesmo Goiânia tendo somente morcegos frugívoros e insetívoros, ou seja, não se alimentam de sangue”, esclarece.
O alerta também vale para cães e gatos, por isso a importância da vacinação antirrábica. “Mesmo tendo contado com o morcego infectado, cães e gatos não vão desenvolver a raiva se estiverem com a vacina em dia. Por isso, chamamos a atenção para a próxima campanha que será realizada nos dias 14 e 21 de setembro. Vacinando os animais domésticos, também estamos protegendo o ser humano de contrair a doença.”, informa o gerente.
Além da campanha, Wellington chama a atenção para os quatro locais onde há doses gratuitas disponíveis o ano todo. São eles:
Diretoria de Vigilância em Zoonoses: das 8h às 17h, todos os dias (inclusive finais de semana e feriados). Rodovia GO 020, KM 08, atrás do Cemitério Parque Memorial. Telefone: 3524-3131
Hospital Veterinário da EVZ/UFG: das 8h às 12 h e das 13h às 16 h, de segunda a sexta-feira. Avenida Esperança, s/nº, Campus Samambaia. Telefone: 998542943 / 35211587
Clínica Escola da Faculdade de Veterinária da PUC Goiás: das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. Campus II da PUC Goiás, Jardim Mariliza. Telefone: 39461731
UPA VET – Hospital Veterinário Público da AMMA: das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. Avenida José Martins Guerra, Jardim Balneário Meia Ponte
Outros casos – Os outros casos de raiva em morcegos neste ano foram nos seguintes bairros: Sítios de Recreio Samambaia, Urias Magalhães, Jardim Guanabara, Setor Jaó, Jardim Novo Mundo e Setor dos Funcionários. Os morcegos positivados são das espécies Eptesicus diminutus (insectívoro), Molossus molossus (insectívoro), Artibeus planirostris (frugívoro) e 05 Artibeus lituratus (frugívoro).
A doença -A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae.
A doença é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais.
No ano de 2022, foram registrados um caso de raiva em morcego frugívoro (Artibeus lituratus) na Região Noroeste, e dois casos de raiva em felinos (regiões Norte e Noroeste).
Orientações à população
– No caso de acidentes com animais domésticos, silvestres e principalmente morcegos, procurar uma unidade de saúde o mais breve possível para avaliação da profilaxia de raiva adequada para o caso;
– Ao se deparar com um morcego morto, caído ou encontrado em horário e local não habitual – por exemplo, pousado em local claro durante o dia – entrar em contato com a Vigilância em Zoonoses para que seja feito o recolhimento do animal, pelos telefones (62) 3524- 3131 e 3524-3124 horário comercial e (62) 3524-3130 no período noturno, finais de semana e feriados. Diretoria de Vigilância em Zoonoses Rodovia GO – 020, Km 8, Fazenda Vau das Pombas, (62) 3524-3113 / 3137 / 3138 E-mail: saudeambiental.goiania@gmail ;
– Evitar contato físico com o morcego para minimizar o risco de acidente; isolando-o com panos, caixas de papel ou balde, ou mantê-lo em ambiente fechado para aguardar a captura por pessoas capacitadas;
– Informar à Diretoria de Vigilância em Zoonoses se cães e/ou gatos da residência/local de trabalho tiverem contato com morcegos;
– Manter cães e gatos (maiores de 3 meses) com a vacinação antirrábica em dia (uma vez ao ano), seja na campanha de vacinação ou nos postos permanentes disponíveis durante todo o ano (Sede da Diretoria de Vigilância em Zoonoses e Hospital Veterinário da Escola de Veterinária e Zootecnia/UFG);
– Os morcegos são animais de extrema importância para a natureza; portanto, quando voando livremente no período noturno não são considerados animais suspeitos, e nessas condições não oferecem risco desde que não sejam manipulados.
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