O governo de Goiás criará mecanismo prevendo sanções severas para coibir ações no combate a incêndio no estado. Para tanto será enviado projeto de lei para a Assembleia Legislativa. O trabalho ficará a cargo de uma comissão criada para continuar atuando em conjunto com entidades, compartilhando informações para intensificar o monitoramento e a fiscalização dos focos de incêndio.
O governador destacou ainda os avanços em tecnologia e na estrutura do Corpo de Bombeiros. “Goiás hoje tem o menor percentual de queimadas no Brasil: 2% do território. Mas o mais importante é que todas as nossas ações estão sendo desenvolvidas com tudo aquilo que avançamos em termos de tecnologia e aparato de organização das nossas estruturas. Então, a eficiência tem sido demonstrada em todo o momento”.
A tecnologia tem sido grande aliada da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) nesta luta. De acordo com a titular da pasta, Andréa Vulcanis, graças a um sistema de monitoramento com dados de 15 satélites, é possível acompanhar o surgimento de novos focos praticamente em tempo real. “Satélite passou, detectou fumaça, incêndio, imediatamente toca no celular, por WhatsApp, de todos os brigadistas responsáveis para fazer uma atuação. Dentro das unidades de conservação, hoje temos uma resposta de emergencia de no máximo dez minutos, o que reduziu os incêndios em 80%”, explicou Vulcanis.
O subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO), coronel Pablo Lamaro Frazão, também detalhou as estratégias de trabalho. “Nós temos uma sala que fica na nossa Defesa Civil que vai monitorando toda a situação, pegando os relatórios da Secretaria do Meio Ambiente, os focos de calor através dos sistemas e estamos à disposição 24 horas por dia para qualquer incêndio que seja detectado”, afirmou.
Conforme os dados do painel BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até o momento, este já é o agosto com o segundo maior número de focos de incêndio desde 2018 em Goiás. Foram contabilizados 978 pontos de fogo, o quantitativo pode superar o ano de 2021, que teve 1.056 registros. Mais da metade (51,7%) dos incêndios ocorreu na última semana.
A quantidade de focos de incêndio na área de vegetação deste mês, em território goiano, representa 1,9% do percentual de queimadas em todo país. Nos primeiros lugares estão Mato Grosso (10.424 focos – 20,2%), Pará (9.625 focos – 18,7%) e Amazonas (7.789 focos – 15,1%).
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