O senador Vanderlan Cardoso (PSD) acusou o também senador Wilder Morais (PL) de ter “caráter duvidoso” e de não possuir postura para pensar em outros voos políticos, como governar o estado. Segundo Vanderlan, ele vem sendo alvo de um “processo deliberado de desconstrução”, orquestrado por parlamentares do PL, como o deputado federal Gustavo Gayer, com o objetivo de enfraquecer sua imagem entre eleitores conservadores. Em entrevista à jornalista Cileide Alves, na CBN Goiânia, Vanderlan afirmou que Wilder estaria apoiando esses ataques. Cardoso postula a reeleição em 2026.

Após amargar o pior resultado eleitoral de sua carreira, com o 5º lugar na disputa pela prefeitura de Goiânia, Vanderlan responsabilizou os ataques “rasteiros” de Gayer e outros bolsonaristas por sua derrota. Ele também acusou Wilder Morais de conivência, mencionando a ingratidão do colega por não impedir a ofensiva, mesmo após ter lhe apoiado em 2022.

“A gente vem, praticamente por dois anos, passando por um processo desconstrução do nosso nome, por parte de parlamentares goianos. Essa é uma ação sincronizada entre eles, tudo de forma premeditada como eles passaram a me atacar”, relatou o senador, destacando que já apresentou queixa-crime contra Gayer no Supremo Tribunal Federal (STF), buscando “reparação jurídica diante das ofensas sofridas”.

Além das críticas a Gayer e Bolsonaro, Vanderlan questionou a falta de lealdade de Wilder: “Nós merecíamos um pouco mais de respeito quanto a essa desconstrução que vem sendo feita. O senador Wilder observou tudo isso, mas ele não teve, em nenhum momento, uma postura de companheirismo, até mesmo de agradecimento, por tudo que fizemos por ele em 2022. Por que ele não tomou esse posicionamento? É medo do senhor Gustavo Gayer?”, questionou.

Segundo Vanderlan, a omissão de Wilder Morais demonstra que ele não possui condições de assumir o governo de Goiás, cargo que Morais pretende concorrer em 2026: “Eu acho que a postura do senhor Wilder, mostra para o eleitor goiano que ele não pode, não tem postura para governar o estado. Não tem postura de governador. O que conta pra mim é a postura, é o caráter da pessoa e, no momento, o caráter do senhor Wilder Morais ficou duvidoso”, finalizou.