Uma das datas mais estratégicas para o comércio e um dos maiores eventos do calendário varejista, a Black Friday, este ano, é dia 29 de novembro, mas o comércio se antecipou e já realiza promoções durante todo o mês. Somente em Goiânia, um levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), indica que este período deve movimentar R$ 250 milhões, já que 64% dos entrevistados pretendem aproveitar as ofertas.
O Procon Goiás faz o trabalho prévio de monitoramento de preços para evitar a prática conhecida como “metade do dobro”, quando comerciantes elevam consideravelmente os preços dos produtos antes da data e depois reduzem os valores, ludibriando a população. Uma vantagem em favor do consumidor é a Lei Estadual 19.607/2017, que obriga os fornecedores a informar o histórico dos preços dos últimos 12 meses.
De acordo com o superintendente do órgão, Marco Palmerston, para evitar as falsas promoções também é preciso se programar com antecedência e pesquisar os preços. Uma dica é fazer uma lista do que realmente se pretende comprar e estipular um orçamento. Entrar em uma loja ou em um site durante a Black Friday é um apelo ao consumo e, por isso, é preciso cuidado.
É permitido que estabelecimentos pratiquem preços diferentes entre lojas físicas e on-line. “Essa variação é justificada pelos custos operacionais distintos, como aluguel e salários, que impactam os preços nas lojas convencionais. No entanto, a transparência é essencial, as informações sobre preços devem ser claras e acessíveis ao consumidor”, explica o superintendente.
Em relação ao pagamento, quando optar pelo PIX, confira os dados do destinatário e se a negociação envolve um CNPJ. O Código de Defesa do Consumidor garante ao comprador o direito de devolução por arrependimento em até 7 dias para compras on-line. No caso de produtos com defeito, estabelece prazos para reclamações: 30 dias para produtos ou serviços não duráveis e 90 dias para os duráveis, contados a partir da entrega ou conclusão do serviço.
Sites confiáveis – Durante a Black Friday, aumenta o volume de compras feitas pela internet. Por isso, é importante ter atenção. Sempre verifique a autenticidade da loja antes de inserir dados pessoais ou financeiros. Um dos primeiros passos é conferir se o site possui o ícone de cadeado ao lado da URL e o prefixo “https”, que garantem uma conexão segura.
Outra orientação é checar a reputação da loja em sites como o Reclame Aqui ou em grupos de consumidores em redes sociais, onde os clientes costumam compartilhar experiências de compra. “Além disso, evite clicar em anúncios enviados por e-mail ou mensagens de redes sociais que pareçam suspeitos, e sempre acesse os sites digitando o endereço diretamente no navegador, ao invés de seguir links desconhecidos”, alerta Marco Palmerston.
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