Morreu nesta sexta-feira (14), aos 84 anos, o cineasta Cacá Diegues, no Rio de Janeiro (RJ). Ao longo da carreira, ele dirigiu vários filmes de sucesso, como Xica da Silva (1976), Bye Bye Brasil (1979), Tieta do Agreste (1996), Orfeu (1998), Deus é Brasileiro (2003) e O Grande Circo Místico (2018). Cacá Diegues estava internado na Clínica São Vicente para se submeter a uma cirurgia, mas teve “complicações cardiocirculatórias” durante a madrugada, antes do procedimento.
O presidente Luís Inácio Lula da Silva e a Agência Nacional do Cinema (Ancine) manifestaram pesar e homenagearam o cineasta brasileiro Cacá Diegues, morto aos 84 anos.
“Recebi com muito pesar a notícia do falecimento de Cacá Diegues, que durante sua vida levou o Brasil e a cultura brasileira para as telas do cinema e conquistou a atenção de todo o mundo.
Ganga Zumba, Xica da Silva, Bye, bye Brasil , e, mais, recentemente, Deus é Brasileiro mostram muito bem nossa história, nosso jeito de ser, nossa criatividade. E representam a luta de nosso cinema, que sempre se reergueu quando tentaram derrubá-lo.
Meus sentimentos aos familiares, colegas e fãs do grande Cacá Diegues.”
Luiz Inácio Lula da Silva,
presidente da República
“A Ancine lamenta o falecimento do cineasta Cacá Diegues, grande referência e inspiração do audiovisual brasileiro.
Um dos fundadores do movimento Cinema Novo, Carlos José Fontes Diegues construiu, ao longo de sua carreira, uma obra com mais de 20 longas-metragens, vários deles premiados, com destaque para “Xica da Silva” (1976), “Bye bye Brasil” (1980), “Veja esta canção” (1994), “Tieta do Agreste” (1995) e “Deus é brasileiro” (2003).
Em 2018, lançou o longa-metragem, “O Grande Circo Místico”, no mesmo ano em que se tornou membro da Acadêmia Brasileira de Letras.
Transmitimos nossos sentimentos aos amigos e familiares.”
Oscar – Em entrevista concedida à TV Brasil em 2018, o cineasta Cacá Diegues comentou as possibilidades de seu filme “O Grande Circo Místico”, indicado para representar o Brasil no Oscar do ano seguinte, conquistar o prêmio: “Eu não faço do Oscar o juiz supremo do cinema brasileiro. Aliás, de nenhum filme do mundo, do brasileiro sobretudo. Quem julga a qualidade do filme é o espectador”, disse. À época da entrevista, realizada em dezembro daquele ano, Cacá Diegues havia sido eleito imortal da Academia Brasileira de Letras.
O velório será realizado na sede da Academia Brasileira de Letras neste sábado (15), a partir das 9h. Em seguida, ele será cremado em cerimônia privada no Crematório do Caju. Um dos fundadores do movimento do Cinema Novo, movimento que marcou a arte brasileira entre os anos 1960 e 1970, Cacá também era um imortal da Academia Brasileira de Letras desde 2018 – ele sucedeu o amigo e também cineasta Nelson Pereira dos Santos na cadeira 7.
Leave A Comment