Em campanha para a Presidência da República, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e a primeira-dama Gracinha Caiado participaram neste domingo (6/4), na Avenida Paulista, em São Paulo, junto com outros governadores, de uma manifestação convocada pelo pastor Silas Malafaia e capitaneada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro , para demonstrar apoio à anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, que culminaram na depredação do patrimônio público em Brasília. “Somos sete governadores mostrando que o sentimento é nacional, de promover anistia a essas pessoas que praticaram, sim, uma ação indefensável, mas que não merecem a pena na proporção que está sendo dada”, comentou o goiano.
O governador de Goiás ressalta que foi um dos primeiros a defender a anistia aos envolvidos na depredação dos prédios públicos em Brasília. “Já em fevereiro de 2024, defendi que deveríamos fazer como JK fez. Depois de realmente sofrer uma tentativa de golpe, Juscelino, ao invés de incendiar ainda mais o país, concedeu anistia e foi governar”, afirmou Caiado.
Pesquisa da Genial/Quaest divulgada neste domingo aponta que a maioria dos brasileiros rejeita a anistia aos acusados do 8 de janeiro. Segundo o levantamento, 56% acham que os envolvidos devem continuar presos, ante 34% que defendem que eles sejam soltos. Ainda de acordo com a pesquisa, 49% acreditam que o ex-presidente Bolsonaro participou do planejamento do golpe contra 35% que rejeitam a possibilidade.
Caiado esteve em cima do trio, junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outras lideranças políticas do país, ao longo de todo o evento. O ato reuniu deputados, senadores e mais seis governadores: Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Jorginho Mello (Santa Catarina), Wilson Lima (Amazonas), Ratinho Júnior (Paraná) e Mauro Mendes (Mato Grosso).
Em discurso, o ex-presidente afirmou que “a anistia é competência privativa do Congresso Nacional”, uma alusão ao projeto de Lei que tramita na Câmara dos Deputados e que prevê perdão aos envolvidos no ato de 8 de janeiro. “Eu acredito no meu Brasil, nós acreditamos. Não vamos desistir. Jogar a toalha ou pendurar a chuteira não existe em nosso meio. A luta é pela liberdade dessas pessoas que estão condenadas a penas de até 17 anos de cadeia. Isso é uma maldade, desumanidade”, disse.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, alegou que a liberdade dos condenados pelo 8 de janeiro é uma demanda humanitária e urgente, e que o perdão já foi concedido em vários episódios da história do Brasil. “Se pudesse traduzir esse grande evento em poucas palavras, seriam: liberdade, anistia, pacificação e esperança”, disse o governador. Já a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que a manifestação reuniu “homens e mulheres de bem lutando pelo Brasil e pela anistia humanitária”.
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