O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) derrubou  decisão que tornava o governador Ronaldo Caiado, o prefeito Sandro Mabel e sua vice, Claudia Lira, inelegíveis. A ação proposta alegava  abuso do poder econômico com a realização de dois encontros com vereadores e suplentes, no Palácio das Esmeraldas durante o segundo turno das eleições de 2024. O TRE manteve as multas aplicadas pela juíza Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª zona Eleitoral.: Ronaldo Caiado – R$ 60 mil; Sandro Mabel – R$ 40 mil e Claudia Lira – R$ 5,3 mil.

Com sete votos a zero, os desembargadores do TRE-GO consideraram que não houve abuso de poder político por parte de Caiado e que o segundo turno da eleição na capital goiana transcorreu dentro da legalidade. A ação foi movida pelo Partido Liberal (PL), que alegava irregularidades em duas reuniões realizadas no Palácio das Esmeraldas, nos dias 7 e 9 de outubro de 2024, após o primeiro turno.

Segundo a denúncia, os encontros teriam favorecido indevidamente a candidatura de Mabel. O relator do processo, desembargador eleitoral  José Mendonça Carvalho Neto, disse que os eventos foram pontuais, sem gravidade suficiente para justificar a cassação ou a declaração de inelegibilidade. “O resultado das urnas decorreu do comportamento legítimo do eleitorado e não das práticas desequilibradas dos jantares imputados aos recorrentes”.

O parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) já havia sido  à reforma da sentença. Em fevereiro, o procurador regional eleitoral, Marcelo Wolf, já havia se posicionado contra a penalidade, por ausência de provas que configurassem abuso de poder político. Em sua  redes sociais, o governador Ronaldo Caiado disse ter recebido com serenidade a decisão alegando que sempre acreditou na justiça. “Recebi a resposta de 7 a 0, reconhecendo que não tem nada que pudesse impedir a minha trajetória”, afirmou Caiado, ao chegar em Brasília. Ele reforçou seu compromisso com a legalidade e destacou o respeito às instituições. “Não sou homem de insurgir contra a legislação eleitoral nem contra a legislação brasileira. Sou alguém que respeita a ordem e a Justiça”, completou.