O Tribunal de Justiça de Goiás firma parceria com a Fundação de Ações Humanitárias da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica para promover cirurgias reparadoras em mulheres e crianças vítimas de violência doméstica. Para o chefe do Poder Judiciário goiano, desembargador Carlos França, o acordo  é mais uma tentativa do Poder Judiciário de colaborar na busca de devolução da dignidade às mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica.

Um mutirão para o atendimento dessas vítimas será realizado de 7 a 12 de novembro 2022, semana que antecede o Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica, que será realizado em Goiânia. Pelo acordo firmado, o TJGO se encarregará de orientar os magistrados e as magistradas para fazerem o levantamento das vítimas do crime e, por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, promoverá o contato com essas vítimas para informá-las sobre a possibilidade de serem avaliadas por médicos, que definirão sobre a necessidade ou não de realização do procedimento reparatório. Caberá também ao TJGO fazer gestão junto às delegacias de polícia especializadas, Ministério Público e Defensoria Pública buscando colaboração no sentido de localizar essas vítimas.

Já a Fundação Instituto Para o Desenvolvimento do Ensino e Ação Humanitária competirá o encaminhamento dessas vítimas para o Serviço de Cirurgia Plástica da Rede Privada e serviços públicos credenciados da SBCP para avaliação das vítimas e indicação do tratamento mais adequado, quando for o caso.  A Fundação Instituto Para o Desenvolvimento do Ensino e Ação Humanitária é considerada a única fundação entre as especialidades médicas Brasileiras que tem como mantenedora a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. No total, são 7,5 mil cirurgiões plásticos no País.

Em Goiás, são três unidades credenciadas: Santa Casa, Hospital Geral e Hospital das Clínicas. Para a desembargadora Sandra Regina Teodoro Reis, que chefia a Coordenadoria da Mulher do TJGO, a cirurgia plástica tem o poder de devolver às vítimas de violência doméstica a autoestima necessária para que elas possam superar a violência