O prefeito Rogério Cruz confirmou que 60 ônibus, equipados com ar-condicionado e Wi-Fi, serão entregues até o final junho de 2023 para atender as linhas do Bus Rapid Transit (BRT). Ao criticar o cronograma do empreendimento, ele disse que a obra é do Governo Federal, projetado em 2009, porém só foram iniciadas em 2015 com previsão de entrega para 2020.
De acordo com ele, a ordem das obras também não foi a ideal. “Quando se fala em Praça Cívica e no Centro de Goiânia, a meu ver ocorreu um equívoco no cronograma de entrega da obra. As intervenções deveriam começar pelo Centro e se espalhar para os bairros. Fizeram o contrário”, disse o prefeito.
Rogério Cruz ainda revelou que o custo para finalizar a obra no Centro, caso fosse licitar uma nova empresa, é de cerca de R$ 17 milhões, mas a responsável pelas obras só tem R$ 13 milhões a receber, já com os aditivos. “Essa é a situação que nós temos. Tivemos a questão da pandemia e as empresas pediram os aditivos. Agora não temos mais. Infelizmente é isso que acontece com as empresas quando temos um cronograma malfeito”, pontua.
A fala do prefeito foi em entrevista concedida ao Programa Bom Dia Goiás da TV Anhanguera onde Cruz destacou o processo licitatório para contratar instituição que vai elaborar o Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU) da capital, informando que o município elaborou plano de drenagem, em 2007, mas não chegou a ser executado. ” Além disso, está defasado, e cobre apenas 60% do município”, disse.
“Goiânia é uma capital que foi construída para 50 mil habitantes e hoje conta com 1,5 milhão a mais de moradores do que foi previsto. Nós temos uma preocupação, uma vez que a tubulação de drenagem existente é pequena, com cerca de 30 a 40 milímetros”, explica Rogério Cruz.
O prefeito pondera que, como as obras de drenagens ficam enterradas, longe da vista da população, ocorrem poucos investimentos ao longo dos anos. “Hoje existe um grupo de trabalho na prefeitura para estabelecer o convênio, e executar o plano de drenagem. É algo muito importante para o município, prova disso é o que estamos vendo hoje em Goiânia e em outras cidades do Brasil, com as fortes chuvas”, aponta.
Rogério Cruz cita como exemplo o caso do viaduto localizado na Avenida H, em frente a um shopping no Jardim Goiás. De acordo com o prefeito, serão necessários dois quilômetros de tubulações para escoar a água que se acumula no local durante as chuvas.
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