As  autoridades de saúde emitiram um alerta as pessoas que pretendem viajar no feriado prolongado de Carnaval para redobrar os cuidados com seus imóveis e evitar a proliferação do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Especialistas reforçam que é fundamental os moradores fazerem uma ampla vistoria em suas residências antes de deixar o imóvel vazio por tantos dias.

As doenças transmitidas pelo Aedes aegypti tiveram um avanço considerável em 2022. Os casos de dengue, por exemplo, cresceram cerca de 300% em relação a 2021. Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES) apontam 275.387 casos de dengue registrados no ano passado, número que ultrapassou o quantitativo registrado de 2015, ano com maior taxa de incidência da doença em Goiás nos últimos 8 anos.

Os casos de chikungunya também tiveram registro semelhante ano passado. Foram 3.980 casos confirmados, o que representa aumento de 423% em relação a 2021. Em 2022, foram registrados 296 casos de zika, 700% a mais nos casos da doença.

A superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, orienta as pessoas sobre a varredura minuciosa que devem fazer em suas casas, “eliminando todo e qualquer objeto ou utensílio, por menor que seja, que possa acumular a água parada e transformar-se em criadouro do mosquito”. Entre as medidas que inibem a reprodução em grande escala do mosquito, reforça a superintendente, estão a vedação da caixa d´água, o recolhimento e acondicionamento do lixo no quintal, a cobertura de cisterna e de todos os reservatórios de água.

O Aedes aegypti tem a capacidade de se reproduzir nos mais inusitados lugares. Um criadouro muito comum do inseto é o recipiente de degelo das geladeiras. “Ao viajar, mesmo que por poucos dias, as pessoas devem fazer a limpeza desse compartimento”, explica Flúvia Amorim. O mesmo cuidado deve ser adotado com os vasos de plantas, vasos sanitários, depósitos de água de umidificadores, ralos de banheiro e sifões das pias da cozinha e do banheiro.