Desenvolvida pala farmacêutica japonesa Takeda chega às clínicas e farmácias privadas do país, a partir de julho a nova vacina contra a dengue. Inicialmente ela será disponibilizada apenas na rede privada. Em nota, o Ministério da Saúde informou que, diante da aprovação do registro do imunizante pela Anvisa e da aprovação do teto de preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a oferta pelo SUS deve ser avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). O órgão analisa “aspectos como eficácia, efetividade, segurança e impacto econômico da nova tecnologia com base nas melhores evidências científicas disponíveis”.
Em nota, a ABCVAC informou que o preço da vacina deve variar entre R$ 350 e R$ 500 para o consumidor final, dependendo do estado. “As clínicas devem utilizar esse parâmetro na composição da sua precificação final, que também inclui o atendimento, a triagem, a análise da caderneta de vacinação, as orientações pré e pós-vacina, além de todo o suporte que os pacientes necessitam para se informar corretamente sobre a questão da vacinação”, destacou a ABCVAC.
De acordo com a Anvisa, a vacina é indicada para crianças acima de 4 anos de idade, adolescentes e adultos até 60 anos de idade. A Qdenga, portanto, é a primeira dose aprovada no Brasil para um público mais amplo, já que o imunizante aprovado anteriormente, a Dengvaxia, só pode ser utilizado por quem já teve dengue.
A nova vacina estará disponível para administração via subcutânea em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações.
A eficácia contra a dengue para todos os sorotipos combinados entre indivíduos soronegativos (sem infecção anterior pelo vírus) foi de 66,2%. Já para indivíduos soropositivos (que tiveram infecção anterior pelo vírus), o índice foi de 76,1%.
“A demonstração da eficácia da Qdenga tem suporte principalmente nos resultados de um estudo de larga escala, de fase 3, randomizado e controlado por placebo, conduzido em países endêmicos para dengue com o objetivo de avaliar a eficácia, a segurança e a imunogenicidade da vacina”, informou a Anvisa.
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