No dia 5 de agosto, comemora-se o Dia Nacional da Saúde no Brasil. A data, que tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância da educação sanitária e a ter um estilo de vida mais saudável, foi escolhida em homenagem ao médico e sanitarista Oswaldo Gonçalves Cruz, que nasceu em 5 de agosto de 1872.
Em atenção à data a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) trabalha pelo fortalecimento da assistência à saúde básica. A conscientização sobre a importância da prevenção e atenção primária é fundamental no cenário em que 20% dos brasileiros são diagnosticados com hipertensão (10% sendo diabéticos) e o envelhecimento da população segue ritmo crescente.
Conforme  Sérgio Vêncio, secretario  de saúde de Goiás e médico endocrinologista, existem cerca de 700 milhões de pessoas com diabetes em todo o mundo, sendo que 50% não sabem que possuem a doença e são diagnosticadas quando já ocorreram complicações. Por isso, como explica, apenas 15% dos recursos destinados ao tratamento de diabetes é para prevenção – consulta e exames – e 85% são destinados ao tratamento de complicações.
“Nosso desafio é que as pessoas se cuidem e por isso é preciso esse alerta para que elas procurem o posto de saúde, façam o seu exame de diabetes o quanto antes, e caso estejam com a glicose alterada, realizem o tratamento adequado”, alertou Vêncio. Apesar da atenção primária ser de responsabilidade dos municípios, o Estado fortalece essa área com a regionalização, pelas policlínicas e pelo Centro de Especialidade de Atenção em Diabetes, do Hospital Alberto Rassi (HGG).
Já Daniel César Magalhães Fernandes, cirurgião vascular do HGG, é muito comum atender pacientes que precisam fazer cirurgias, como amputações, por doenças que deveriam ser tratadas na atenção primária. “Esses pacientes possuem algumas doenças que não foram controladas, como pressão alta, diabetes e colesterol”, disse. O médico ainda comentou que situações como a perda de membros acontecem com pacientes jovens em alguns casos, o que vai prejudicar a pessoa pelo resto de sua vida.
Paciente do HGG, Ana Ribeiro da Silva teve complicações da saúde por dificuldades da atenção primária. “Devido a um bicho no pé, estou internada no HGG por 40 dias. Apesar do excelente atendimento, essa situação poderia ter sido evitada”, concluiu Ana.  Caso parecido aconteceu com Iracema Barbosa Benta, de 44 anos, também paciente do Hospital Alberto Rassi. Ela teve que realizar uma amputação do dedo devido ao agravamento da diabetes.