O governador Ronaldo Caiado lança a Estratégia Goiás Carbono Neutro 2050, documento destinado a orientar ações do Estado de sustentabilidade e combate aos efeitos das mudanças climáticas. O pacto será divulgado na próxima segunda-feira (11/09) durante a programação do Seminário “Águas para o Futuro”, que acontece entre os dias 10 e 13 de setembro, na cidade de Rio Quente. Para a conservação de biomas e a proteção de pessoas, a meta é zerar as emissões de carbono até 2050, integrando esforços para o desenvolvimento de uma matriz produtiva que seja tecnologicamente sofisticada, ambientalmente limpa e economicamente competitiva no mercado nacional e internacional.
Na mesma cerimônia do dia 11, Caiado e a secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis, assumem uma série de compromissos relacionados ao controle do desmatamento ilegal, com a publicação do decreto para reativação do Fórum de Mudanças Climáticas. Ainda, o Governo de Goiás assina, em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o termo de adesão do Pacto pela Governança das Águas. Este visa o aprimoramento da gestão dos recursos hídricos, a regulação dos serviços de saneamento e a melhoria da segurança de barragens.
Carbono Neutro – Para que tenha sucesso, a Estratégia Goiás Carbono Neutro 2050 requer o diálogo e a pactuação de diversos setores por meio de instrumentos como o Fórum Goiano de Mudança Climática. O esforço para é que a iniciativa tenha metas, responsabilidades e resultados compartilhados, com cada parte interessada assumindo seus compromissos.
A Estratégia é formada por três eixos: Território Sustentável; Plano de Ação e Trajetória Climática e Fomento ao Mercado de Carbono. No primeiro eixo, o objetivo é promover a construção de parcerias colaborativas com as lideranças do setor público e o engajamento do setor privado para produzir mais emitindo menos ao longo de toda a cadeia de valor. Para isso, está prevista a mobilização de setores até 2024, pactuação de metas, planos de ação e programas de transição para uma agricultura de baixas emissões até 2025.
Já no eixo 2 – Plano de ação e Trajetória climática – o objetivo é nortear o Estado com base na determinação de compromissos, metas e ações no enfrentamento à crise climática dentro da jurisdição. Para construir um plano com real efetividade e passível de monitoramento, é fundamental considerar as demais políticas do governo estadual e os planos e metas advindas de programas do governo federal, assim como as diretrizes internacionais aplicáveis. Por isso, a meta é desenvolver análises de risco e vulnerabilidade à mudança climática até 2024 e, até 2025, implementar um sistema estadual de monitoramento, registro e verificação de emissões.
Já o fomento ao mercado de carbono, eixo 3, vem para estabelecer mecanismos estaduais para facilitar a certificação de créditos de carbono capazes de acessar os mercados nacionais e globais, bem como para o alinhamento de projetos e a distribuição equitativa dos resultados, fomentando uma economia baseada na manutenção do Cerrado em pé. Com prazo até 2026, o eixo planeja a estruturação de um sistema estadual para implementação de projetos de reduções certificadas de emissões de base florestal.
O Seminário “Águas para o Futuro” é promovido pelo Governo de Goiás em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Com o objetivo de discutir meios de garantir a disponibilidade de água no futuro, o evento vai reunir representantes de outros estados brasileiros, do setor produtivo e de 22 países.
A programação está disponível no site aguasparaofuturo.com.br. A abertura será realizada no domingo (10/09), com a premiação dos vencedores de um concurso de fotografia promovido pela Semad com o mesmo tema do seminário. Os três dias seguintes serão de palestras, oficinas e debates.
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