A Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), deu início nesta semana à consultoria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), que auxiliará na criação do Plano Estadual de Atenção aos Migrantes Refugiados e Apátridas de Goiás. Com previsão de lançamento no mês de fevereiro, o instrumento vai propor diretrizes para implementação de políticas públicas de atenção a essa população. Um grupo de trabalho, envolvendo integrantes da sociedade civil, será criado para atuar na sua elaboração.
O estado é o 14º estado com maior número de imigrantes registrados no país, conforme dados de 2022. Entre os 6.384 inscritos no Cadastro Único, 3.398 são mulheres e 2.986, homens. Eles estão distribuídos em 218 municípios, sendo que a maioria veio da Venezuela, 3.156 pessoas. Em segundo estão os migrantes do Haiti (503), Colômbia (142) e Bolívia (127).
O governo goiano já realiza diversas ações de acolhimento a migrantes, sob a coordenação do Goiás Social. Durante o período crítico da pandemia, forneceu alimentação a 150 indígenas da etnia Warao, vindos da Venezuela, e 50 crianças da comunidade foram matriculados em escolas públicas de Goiânia. Eles também receberam auxílio para obtenção de Registro Nacional de Estrangeiros e assistência à saúde. Crianças venezuelanas indígenas com até seis anos de idade também são beneficiadas com o cartão Mães de Goiás, com o recebimento de R$ 250 ao mês.