O varejo digital tem mostrado considerável crescimento nas transações comerciais da Região da 44, considerado o maior atacadista de moda do centro-oeste brasileiro. Um dado positivo e que confirma a relevância do online: 85% compram pela internet pelo menos uma vez por mês. E a frequência de quem compra online também aumentou: em 2022, eram 12% comprando uma vez por semana,  em 2023, foram 17%.

Pela primeira vez, metade do volume de vendas (atacado e varejo) feitas na Região da 44 , em Goiânia, foi efetivada de forma online, seja por intermédio do WhatsApp, redes sociais ou outras formas digitais de comércio. O dado faz parte de um balanço feito pela Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), junto às galerias e shoppings do polo confeccionista em Goiânia, que apontou também que a região de compras registrou uma movimentação financeira no ano de 2023 de R$ 14 bilhões, recebendo neste mesmo período 15,5 milhões de visitantes e comercializando 280 milhões de peças de roupas, oriundas em sua maior parte de 30 municípios goianos produtores.

Sobre o comparativo com o ano de 2022, o presidente da AER44, Lauro Naves, afirma que houve uma estabilidade, tanto no volume de vendas quanto na quantidade de turistas recebidos, sem variação significativa entre um ano e outro. “O que percebemos como mudanças importantes neste levantamento que fizemos é o crescimento das vendas onlines, especialmente para as compras de atacado, uma tendência que vinha crescendo ano após ano e que impulsionou muito após a pandemia; e o avanço do varejo, que em 2023 cresceu *30% e representou 13% do faturamento do nosso polo”*, explica o líder empresarial.

Lauro afirma que esse crescimento das compras do varejo e atacarejo reflete a consolidação da Região da 44 como um polo de turismo de compras. “No ano de 2023, com apoio da grande maioria de galerias e shoppings, passamos a funcionar em praticamente todos os feriados prolongados do ano, visando receber justamente este cliente que é o turista de compras, muitas vezes aquele turista em trânsito, que vai para Caldas [Novas], Rio Quente, Pirenópolis, Trindade ou algum outro destino conhecido do nosso estado e passa pela 44”, detalha Lauro.

O líder empresarial afirma que essa consolidação da Região da 44 em um dos mais importantes pontos turísticos de Goiás vai ao encontro com o amplo projeto de revitalização pela qual a Região passará no primeiro semestre de 2024. “Já temos um projeto pronto e verba garantida para a instalação de nove grandes pórticos na região, implantação de placas bilíngues nas principais entradas da capital, teremos também um moderno sistema de câmeras de monitoramento para reforçar ainda mais a segurança na nossa região. Há ainda a expectativa de construção de uma creche para atender as empreendedoras e trabalhadoras da 44”, elenca Lauro Naves, ao falar do projeto de revitalização da região, que será feito por meio da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra) e financiado por verba de emenda parlamentar garantida pelo senador Wilder Morais (PL).

Outros números do levantamento feito pela AER44 sobre o ano de 2023 apontam que o Sudeste do País continua sendo a origem principal dos compradores que visitam o polo confeccionista, com 35% dos visitantes vindos daquela região; seguido do Centro-Oeste, de onde vieram 32% dos compradores que passaram pelo polo confeccionista; depois a região Nordeste, que foi a origem de 15% dos turistas de compras; e o Norte e Sul do país, de onde vieram, respectivamente, 10% e 8% dos turistas que a Região da 44 recebeu em 2023.

Ao longo do último, conforme os cálculos da AER44, o polo confeccionista em Goiânia recebeu 4.800 ônibus de turismo, o número de pontos de vendas se manteve praticamente o mesmo, com 15,5 mil lojas; a região também respondeu por 165 mil empregos diretos e, ao final de 2023, foram quatro mil vagas temporárias geradas. “A nossa Região da 44 segue pujante e contribuindo para economia do nosso estado. E isso, mesmo com desafios como a alta inflação dos insumos de confecção que foi registrada em 2023, os juros altos que felizmente começam a cair, e a concorrência desleal com produtos chineses, que não taxados; e também com os ambulantes, que invadem as ruas do nosso polo, com a ausência da fiscalização da prefeitura”, pontua Lauro.