Goiás alcançou um recorde no ano de 2023, ao atingir o maior saldo da balança comercial registrado desde o início da série histórica, em 1997. Em 2023, exportou um total de US$13,846 bilhões e importou US$4,883 bilhões. A diferença (superávit) chegou a US$8,96 bilhões, o que representa acréscimo de 6,7% em relação a 2022. Os números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) foram analisados pelo Instituto Mauro Borges (IMB).
Em 2023, o estado também atingiu outro recorde: o maior volume exportado da história, correspondendo ao total de 22 milhões de toneladas de produtos. O resultado pode ser atribuído ao desempenho do setor de agronegócio, em função da também recorde safra de cereais, oleaginosas e leguminosas – cerca de 32,6 milhões de toneladas.
Na pauta de exportações, destaque para a soja, que lidera o ranking, seguida por carne e minérios. Principal responsável pelo cenário positivo na balança comercial, o agronegócio foi o segmento da economia que obteve o maior saldo da balança comercial registrado desde 1997, sendo US$10,85 bilhões. O setor alcançou ainda o maior valor da série histórica desde 1997, de US$11,99 bilhões, e o maior volume exportado para o período, chegando a 21,6 milhões de toneladas.
Importações – O valor das importações de Goiás em 2023 – US$4,883 bilhões – representa o terceiro melhor resultado registrado desde 1997, ficando atrás apenas dos anos de 2022 e 2021. Já em termos de volume comercializado, representa a quarta maior marca em toda a série histórica.
Em primeiro lugar na pauta de importações, estão os produtos farmacêuticos, seguidos de adubos (fertilizantes) e veículos. O grande destaque das importações foi o segmento dos produtos farmacêuticos (33,9%) e dos fertilizantes (17,9%), visto que a soma da participação de ambos representa 51,8% do valor das importações totais de Goiás.
O valor das importações de produtos farmacêuticos apresentou crescimento de 30,1%, enquanto que os fertilizantes revelaram uma queda de 56,2% no valor importado e 10% no volume. O fato é consequência dos acontecimentos internacionais nos últimos dois anos, principalmente relacionados à guerra entre a Rússia e Ucrânia, e às variações nos preços das commodities.
Confira o boletim do Comércio Exterior elaborado pelo IMB: https://www.imb.go.gov.br/files/2024/Boletim_015_2024_comercio_exterior.pdf