Mulheres, imagens e transformações: quem fomos, quem somos? Este é o tema da exposição fotográfica que acontece no Museu da Imagem e do Som (MIS), em celebração ao Dia Internacional da Mulher. A entrada é gratuita, com visitação até 29 de março, de segunda a sexta-feira, das 9 às 17h.

 

Durante a mostra haverá exibição do documentário Falando de Mim, sobre a vida e obra de Regina Lacerda, mulher, artista e intelectual, e uma das personalidades ícones de Goiás. A exposição também será abrilhantada por uma intervenção artística de grafite, da artista visual Thainá Junger, retratando a mulher goiana contemporânea.

 

A exposição apresenta uma série de registros do acervo do MIS, que buscam uma reflexão temporal sobre o papel das mulheres retratadas na sociedade. As fotos a serem expostas atravessaram décadas, e agora o público tem a oportunidade de indagar a respeito das imagens impostas ao feminino e às múltiplas possibilidades para além do que se vê.

 

As fotografias selecionadas ilustraram, na década de 2010, a exposição Mulheres Ritos & Retratos, cujas diversas imagens retratavam recortes específicos da experiência feminina, há 14 anos. Agora, em 2024, a equipe do museu e curadores da mostra, composta por Aluane de Sá, Luis Felipe Pinheiro e Melissa Alves, traz um resgate dessas memórias.

 

O objetivo é propor, em uma ação expositivo-educacional, questionamentos aos visitantes, como parte do que foi a sensível exposição no passado; mostrando como a dinamicidade do cotidiano mudou a perspectiva para algumas questões que talvez não tiveram o seu merecido destaque.

 

Na mostra estão diversas possibilidades de representação, ímpares recortes de pensamentos, aliando-se aos conceitos de raça, gênero e classe. Ao ler as perguntas dispostas nos totens, o público é levado a cativar e a tecer reflexões sobre a presença ou a ausência da equidade e diversidade, e entender qual o horizonte feminino que se quer ter.

 

Arte contemporânea- Para esta exposição, o MIS recebeu uma intervenção artística com um painel em grafite, retratando a mulher goiana contemporânea, produzido pela artista visual Thainá Junger.

 

Autodidata, Thainá Junger tem formação em veterinária, mas atua no cenário artístico desde 2019. Seu trabalho possui um conceito “tropical psicodélico” com cores bem vivas, estilo vetorizado e muitos elementos do movimento pop art, usados para representar, principalmente, a fauna, a flora e a natureza das mulheres em sua essência mais selvagem e intuitiva.

 

A artista já participou de projetos promovidos pela Teto Brasil, Valenta Brasil, “Projeto Voltando à Escola”, Universidade Federal de Goiás (UFG), Sesc Goiás, além de workshop de graffiti na galeria Lobo Guará.