A Vila Cultural Cora Coralina, unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), inaugura, simultaneamente, duas exposições individuais nesta quinta-feira (06/06). “Distorção”, do artista plástico Gabriel Augusto, será aberta às 18h, na sala Sebastião Barbosa; e “O tempo frio que esquenta a gente”, do artista visual Badu, às 18h30, na sala Antônio Poteiro. As mostras seguem em cartaz até 30 de junho.
“Distorção” reúne obras impactantes, tanto pela temática – a sombra na psique humana -, quanto pela força da qualidade técnica. A curadoria e a expografia da mostra são assinadas por Ricardo Braudes. O artista Gabriel Augusto dá forma a imagens bastante orgânicas e ao mesmo tempo etéreas, que num primeiro momento podem parecer o mórbidas, mas que se analisadas sob outros vieses, como a antropologia e a psicologia, podem ser vistas de forma muito mais profunda e poética.
De acordo com o curador, a obra de Gabriel Augusto é importante para a sociedade por estar vinculado a questões de saúde mental e enfrentamento de dores recentemente provocadas pelas catástrofes que ocorrem atualmente no mundo, como guerras, destruição e desastres naturais, doenças do sono, estresse e consumo em excesso, fobias sociais e pânico ocorridos durante o isolamento na Pandemia e luto pelas mortes causadas pelo Covid-19. “Com muita coragem, e poder-se dizer que, inclusive, com certa serenidade, Gabriel caminha por essas regiões, dialoga com essas energias que ali habitam e as apresenta à sociedade por meio de imagens simbólicas e arquetípicas que foram sendo construídas ao longo do tempo pelas mais diversas culturas, sem tentar ser violento ou agressivo”, avalia o curador.
Já a exposição “O tempo frio que esquenta a gente”, de Badu, aborda os festejos juninos goianos a partir de obras que reúnem linguagens como o bordado, a fotografia e a instalação. A mostra é produzida pelo coletivo Arapuá em parceria com a Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (UFG); e presta, também, uma homenagem à Quadrilha Junina Arriba Saia, grupo goianiense com diversos títulos estaduais e campeão nacional de Quadrilhas Juninas (2017).
Partindo de um recorte autobiográfico, Badu se aproveita de suas vivências em torno das festividades da cultura brasileira. Já tendo tratado do universo do Carnaval em exposições passadas, o artista agora leva em conta, principalmente, sua posição como nordestino que, através das festas de São João, encontra forças para continuar celebrando suas raízes em terras goianas.
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