O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Roberto Rebello Filho, confirmou a permanência de 9.877 beneficiários do Ipasgo Saúde, mesmo com a adesão do serviço às regras da ANS. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (20/9).

O documento afirma que deve ser dedicada especial atenção aos quase 10 mil indivíduos que estão vinculados ao plano, e que os beneficiários não podem ficar sem assistência do sistema de saúde suplementar, e impede “qualquer exclusão das pessoas filiadas ou associadas das coberturas assistenciais do Ipasgo Saúde”. A decisão foi referendada pela Diretoria Colegiada da ANS.

A entrada do Ipasgo na regulação pela ANS deixava inelegíveis celetistas e servidores federais. No entanto, após interferência do governador Ronaldo Caiado, todos aqueles que já são beneficiários do Ipasgo continuam contemplados. Na última segunda-feira (16/9), Caiado já havia informado à imprensa que a ANS decidiria pela permanência dos beneficiários, fato que foi confirmado agora com a publicação do documento no Diário Oficial da União.

O registro definitivo de autogestão do Ipasgo Saúde será avaliado pela ANS no dia 27 de setembro. Confirmada a aprovação, o Instituto atuará sem finalidade lucrativa e focado na assistência aos servidores públicos de Goiás e seus familiares.

O registro na ANS garante mais transparência e qualidade aos serviços prestados, além de ser importante ferramenta contra a corrupção que tanto afetou a instituição em gestões passadas. “É um padrão de excelência. O Ipasgo não vai mais ficar a critério de quem governa o Estado. Ou seja, as regras agora são nacionais, exigem uma auditoria, um compliance, como também caixa de reserva”, disse o governador.

Garantia do estado – Com a mudança, o Ipasgo Saúde passa a contar com uma reserva financeira de R$ 480,3 milhões assegurada pelo Governo de Goiás. É uma exigência da agência e que servirá como provisão técnica para garantir que as operadoras possam cumprir obrigações futuras com usuários. “Isso mostra para todos os beneficiários que não existe mais aquele risco de amanhã não saber se vai ter ou não condição de ser atendido”, sublinhou Caiado.