A vereadora Valéria Pettersen cometeu uma série de erros ao reagir publicamente nesta segunda-feira (21) à operação policial que investiga supostas fraudes em um contrato de R$ 18 milhões da Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Em um vídeo nas redes sociais, Valéria criticou a Polícia Civil e o Poder Judiciário, sugerindo que a operação seria parte de uma perseguição política devido seu apoio ao candidato Professor Alcides (PL). A ação investiga a dispensa de licitação em um contrato para aquisição de produtos destinados ao combate ao mosquito Aedes aegypti quando ela era secretária de Meio Ambiente do município.
Valéria tentou criar uma narrativa de que a operação teria motivações políticas, argumentando que a ação foi deflagrada estrategicamente na semana das eleições. “Jamais vão nos acovardar com as operações que vocês estão fazendo. Usando a máquina do governo do Estado. Mas nós de Aparecida dizemos não a Leandro, não a Gustavo, sim a Professor Alcides”, discursou, mencionando a disputa pela prefeitura entre Leandro Vilela (MDB) e Professor Alcides (PL).
O grande erro de Valéria foi politizar uma investigação legítima, colocando em xeque a isenção e independência da Polícia Civil e do Judiciário, que autorizou a operação. Ao tentar transformar o caso em uma questão eleitoral, ela desrespeita o trabalho de fiscalização das autoridades, que estão investigando indícios de fraude e superfaturamento no contrato assinado sob sua gestão.
Outro deslize foi o fato de que, até o momento de sua manifestação, nem a Polícia Civil nem o Ministério Público haviam divulgado os nomes dos investigados. Valéria, no entanto, ‘acusou o golpe’ ao gravar o vídeo em tom de revolta, se identificando publicamente como alvo da operação.
A operação, denominada Caviar da Dengue, foi conduzida pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e o Grupo de Repressão a Roubos (GARRA). A investigação apura irregularidades em um contrato firmado sem licitação com uma empresa de Goiânia, alegando-se exclusividade na comercialização dos produtos. A ação busca reunir provas que possam confirmar as fraudes e esclarecer o envolvimento dos suspeitos.
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