A Universidade Estadual de Goiás (UEG) alcançou novo resultado positivo na avaliação do Guia da Faculdade 2020, divulgado no domingo (25/10). Produzido em parceria pelo jornal O Estado de S. Paulo e a startup educacional Quero Educação, o guia é uma das publicações mais abrangentes sobre a educação superior nacional, sendo referência para os pré-universitários.
Reestruturada, a nova UEG aparece no guia do Estadão com 20 cursos avaliados com quatro estrelas (notas consideradas muito boas pelos organizadores) e 29 cursos com três estrelas (notas boas). Ao todo, 63 cursos da instituição goiana receberam notas da publicação, sendo que 14 foram considerados como não estrelados (menos de três estrelas na avaliação).
Esse é o segundo resultado significativo que a instituição alcança em poucos dias. Na semana passada, a UEG foi bem avaliada pelo Ministério da Educação (MEC) quanto ao Enade, realizado com alunos concluintes da graduação. Foram cinco cursos, entre 12 analisados, com avaliação alta: nota quatro (de uma escala que vai de um a cinco).
Sobre o Guia da Faculdade, a avaliação é feita uma vez por ano por professores voluntários de outras instituições da mesma região da UEG (veja critérios e detalhes abaixo) como base em três aspectos: projeto pedagógico (características da proposta de ensino do curso), corpo docente (perfil dos professores vinculados ao curso) e infraestrutura (condições de materiais e equipamentos oferecidos). O trabalho foi iniciado em 2019, quando houve menor presença da UEG, com cinco cursos avaliados (três notas quatro, um nota três e um sem nota).
Para o reitor interino da UEG, professor Valter Gomes Campos, é preciso exaltar o trabalho promovido pelos docentes e corpo técnico da universidade, além dos próprios alunos. “O esforço tem sido coletivo. Os resultados alcançados têm que ser comemorados e aplaudidos, é claro, mas isso também traz a responsabilidade de que precisamos continuar caminhando no mesmo sentido, levando ensino superior de qualidade às diferentes regiões de Goiás”, afirma.
Segundo os organizadores, todas as instituições de ensino superior cadastradas no Ministério da Educação são convidadas para fazer parte do Guia da Faculdade. Após se cadastrarem para participar do levantamento, as instituições indicam todos os cursos superiores que estão recebendo novos alunos. Para serem avaliadas, as universidades precisam ter a titulação de bacharelado ou licenciatura e ter pelo menos uma primeira turma com estudantes já formados.
O guia utiliza metodologia conhecida como “avaliação por pares” para analisar a qualidade de cerca de 14 mil cursos superiores nacionais. Nesse processo, a equipe do Guia atua como um instituto de pesquisa e colhe a opinião de milhares de professores que atuam no ensino superior. As universidades participantes são avaliadas por coordenadores e docentes de outras instituições, que analisam e dão notas para os seguintes critérios: projeto pedagógico, corpo docente e infraestrutura.
Ao todo, são mais de 9 mil coordenadores e professores do ensino superior brasileiro avaliadores do Guia da Faculdade. Segundo os realizadores, trata-se de um trabalho voluntário, sem remuneração. Os avaliadores são acionados para dar notas aos cursos das suas áreas de formação e de instituições prioritariamente localizadas na mesma região do país na qual trabalham. Eles são convidados a dar três notas (de um a cinco) para cada curso, que é distribuído para a avaliação de seis professores. Caso um curso não receba pelo menos quatro notas dos avaliadores, ele é considerado como “sem nota” na avaliação.
Segundos os organizadores, o guia nasceu de uma parceria, fechada no final de 2018, entre o Estadão e uma das principais startups da área educacional do país, a Quero Educação, com sede em São José dos Campos (SP). No projeto do guia, coube à equipe da empresa a montagem de todo o processo da avaliação de cursos, incluindo a definição da metodologia utilizada, coleta de informações das instituições de ensino, montagem do banco de avaliadores e tabulação dos dados obtidos.