Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira,1º, o governador Ronaldo Caiado disse que há expectativa para a chegada de um “pequeno lote” de vacinas ainda na noite desta segunda-feira ou, no mais tardar, na terça-feira, 2. E que há previsão do Ministério da Saúde distribuir mais 12 milhões do imunizante em março.

Segundo explicou a vacina Johnsen, de apenas uma dose, não deve estar entre os imunizantes adquiridos pelo estado uma vez que o fabricante só sinalizou para entrega de doses em novembro. “Fica muito distante da nossa necessidade”, lamentou. E lembrou que nesta terça-feira, 2, terá reunião com embaixador russo para tratar da possibilidade de compra da Sputnik V.

De acordo com Caiado, as novas variantes que já estão em transmissão comunitária no estado têm índice de transmissibilidade bem maior ao que circulava na 1ª onda da doença e também atinge na forma grave pessoas mais jovens.

” A Covid que chegou ao brasil como sendo aquela que se iniciou na China, nós tivemos um período em que pudemos controlar a crise de contaminados, ela veio numa fase onde pegou pessoas mais idosas, com comorbidades. Nós estamos agora diante de uma outra variante do coronavírus, seja ela qual for, o que você vê é um comportamento completamente diferente. A capacidade de transmissibilidade está assustando a todos nós. E o pior: pessoas de 30 anos pegando a forma mais grave da doença e vindo a óbito, coisa que não acontecia com tanta frequência antes. Quantas outras variantes ainda virão?”, indagou Caiado.

O governador justificou a necessidade de medidas mais restritivas nesse momento para que sistema de saúde não entre em colapso e para que a vacina chegue a tempo de imunizar a população. “Quero pedir às pessoas que entendam que não é nenhuma queda de braço, pedimos essa avaliação por uma semana para diminuir o número de internados, para que não colapse o sistema de saúde de Goiás. Será que pedir uma semana é demais? Será que vai trazer uma perda irreparável no seu comércio?”, questionou.

Sobre as críticas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aos estados que adotaram medidas restritivas mais duras, como fechamento das atividades não essenciais, Caiado pontuou: “Não existe nada que possa confrontar a ciência, isso é universal e não podem contestar. Aqueles que contestam não têm comprovação científica”.