O Ministério Público de Goiás recomendou a hospitais particulares de Goiânia que mantenham as unidades de pronto-socorro em funcionamento por se tratar de serviço essencial.

A medida foi tomada diante da constatação de que estabelecimentos de saúde fecharam suas unidades de pronto-atendimento sob o argumento de que não há leitos, situação decorrente da superlotação ocasionada pela pandemia da Covid-19. Porém os serviços de saúde – incluindo a rede privada – são essenciais e a negativa de atendimento pode incorrer em crime, argumentam os promotores de Justiça plantonistas Antônio de Pádua Rios e Susy Áurea Carvalho Pinheiro.

A recomendação foi enviada para os seguintes hospitais: Jacob Facuri e Ruy Azevedo. Isso porque chegou ao conhecimento do MP que tais empresas fecharam suas unidades de pronto-socorro, infringindo dispositivos da Constituição federal e do Código Penal (leia abaixo), além de normativas relacionadas à contenção da pandemia pelo coronavírus.

“Os hospitais, em que pese fazerem parte da rede privada, devem obedecer às normativas do Sistema Único de Saúde (SUS), pois integram também a Saúde Suplementar”, escrevem Antônio de Pádua Rios e Susy Áurea Carvalho Pinheiro.

Os promotores também argumentam que a negativa de atendimento pode gerar subnotificação de casos da Covid-19, mascarando a real situação da pandemia na capital.

Na manhã deste domingo (14), tanto a rede privada quanto a pública da capital estavam com 100% de ocupação dos leitos de UTI para tratamento de pacientes com Covid-19, segundo o Painel da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).

A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), confirmou, por meio de nota, que os hospitais estão sendo obrigados a suspender temporariamente o atendimento nos prontos-socorros por total incapacidade de receber novos pacientes, por falta de profissionais, equipamentos e insumos.

Informação da Assessoria de Imprensa do MP-GO
.