Um total de 21 secretários do Governo Municipal assinaram e tornaram pública denúncias contra a administração do prefeito Rogério Cruz, acusado de mudanças no curso da administração em descumprimento do que havia sido pactuado por ocasião do pleito de 2020, fato que os signatários tratam como ” deslealdade e uma traição ao legado de Maguito Vilela.”

“Pouco mais de dois meses após a morte do prefeito eleito, assistimos a uma completa mudança de rumos da atual gestão. O prefeito Rogério Cruz paralisa obras, suspende projetos e não consegue mais apontar com clareza os rumos da administração. Ou não pode fazê-lo”.

Os signatários alegam que quem está no comando da capital é a direção nacional do partido Republicano, tese corroborada pela predominância  de gestores que são de outras unidades federativas.  “Goiânia está sob a direção de uma legião estrangeira descomprometida com nossa população, composta por pessoas que sequer conhecem a cidade ou sabem os desejos e necessidades de seus moradores”.

A carta cita que  “de forma pouco transparente e sem o consentimento da população, a Prefeitura de Goiânia está sendo loteada por grupos políticos e consultores de fora do nosso Estado”. E destaca o corte de diálogo entre o prefeito e o presidente do MDB de Goiás, Daniel Vilela. Segundo o documento, Daniel foi informado que deveria tratar qualquer assunto relacionado à prefeitura com Wanderley Tavares, presidente do Republicanos do Distrito Federal ou com o deputado federal Marcos Pereira (SP), presidente nacional da legenda. “Uma sinalização clara e preocupante de que o destino de Goiânia passou a ser decidido fora daqui”.

Na carta, os ex-reitores afirmam que Rogério Cruz não representa mais o projeto político e administrativo idealizado por Maguito Vilela e eleito pelos goianienses, “ele quer fazer outro governo.”