O calendário astronômico de maio está cheio de grandes fenômenos interessantes. Depois da primeira “superlua” de 2021, apelidada de “rosa” por conta da tradição de povos nativos norte-americanos, devido a chegada da primavera no Hemisfério Norte, tivemos uma junção entre a Lua e Saturno, para logo em seguida o satélite natural se unir a Júpiter.

Além disso, presenciamos um pico de chuva de meteoros — para alguns dias depois vermos uma bola de fogo cruzando os céus dos Estados Unidos — um Mercúrio mais visível e mais uma aproximação da Lua com um dos planetas do sistema solar, dessa vez Marte.

No entanto, como já era esperado, a maior “superlua” deste ano ainda está para acontecer junto com nada menos que um eclipse total da Lua. No dia 26 de maio, o fenômeno surgirá no horizonte ao leste.

A superlua deste mês é conhecida nos EUA como “Lua das Flores” (Flower Moon). Durante o eclipse, o satélite natural da Terra pode assumir sua cabeleira avermelhada, recebendo o apelido de “Lua de Sangue”.

Apesar do nome, é praticamente impossível para o olho humano diferenciar uma Lua cheia “comum” de uma “superlua”. O fenômeno é nada menos que o perigeu, isto é, o ponto mais alto de aproximação do satélite natural com a Terra.

Normalmente, a Lua está a 384,5 mil quilômetros de nós, mas como a órbita não é um perfeito círculo, a distância varia e, no perigeu, o satélite se aproxima, ficando a 357.311 quilômetros.

Os eclipses lunares ocorrem quando a lua está no lado oposto da Terra com o Sol, refratando luz vermelha. Ao contrário de um eclipse solar, que só é visível ao longo de uma trilha estreita, os eclipses lunares são visíveis de todo o lado noturno da Terra durante cerca de cinco horas. No entanto, o eclipse provavelmente não poderá ser visto na maior parte do Brasil.

Aqui, poderemos ver no máximo um “eclipse penumbral”: a Lua estará na penumbra, parte da sombra da Terra que bloqueia apenas parte da luz do Sol, em vez de sua totalidade. Na prática, isso resulta numa redução do brilho da Lua, em vez de sua ocultação, algo que dificilmente é notado.

O eclipse começará por volta das 05h47 (horário de Brasília) tendo como base o Rio de Janeiro, de acordo com o site Time and Date, e durará 33 minutos. Essa é a hora em que a Lua vai chegar à penumbra. Em São Paulo, o eclipse vai durar alguns minutos a mais, indo até as 6h36 e totalizando 49 minutos.

Para se orientar sobre a localização do fenômeno é preciso identificar os principais pontos cardeais. Para isso, você pode usar uma bússola ou um app de astronomia no seu celular. Uma boa opção é o Sky Safari, um app gratuito disponível para Android e iOS.

fonte: tudocelular.com